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Mapeamento de processos: por onde começar na sua empresa

  • Compels
  • há 6 dias
  • 11 min de leitura

O mapeamento de processos é a base para qualquer transformação empresarial real. Antes de implementar um ERP, automatizar operações ou escalar o negócio, você precisa entender exatamente como as coisas funcionam hoje. Mas por onde começar? Este guia completo vai te mostrar o caminho, passo a passo.


O que é mapeamento de processos

Mapeamento de processos é documentar visualmente como cada atividade da empresa acontece na prática: quem faz, quando faz, como faz, quais sistemas usa, quanto tempo leva e onde pode dar errado.

Não é criar um manual bonito que fica na gaveta. É entender o fluxo real do trabalho para identificar:

  • Gargalos que travam a operação

  • Retrabalhos que custam tempo e dinheiro

  • Dependências críticas de pessoas

  • Oportunidades de automação

  • Processos que funcionam bem e devem ser replicados


Por que sua empresa precisa disso 


Problema 1: Conhecimento na cabeça das pessoas 

Quando o Marcos sai de férias, metade do financeiro para. Quando a Fernanda pede demissão, ninguém sabe fazer aquele relatório. Isso não é gestão, é roleta-russa corporativa.


Problema 2: Cada um faz de um jeito 

Três vendedores, três formas diferentes de registrar pedidos. Resultado: estoque bagunçado, financeiro confuso, cliente irritado. Padronização zero = caos total.


Problema 3: Crescimento limitado 

Você quer abrir uma filial, mas como vai replicar processos que nem você sabe explicar direito? Crescimento sem processos claros é receita para desastre.


Problema 4: Decisões no escuro 

"Por que demora tanto para entregar?" Ninguém sabe. "Onde está o gargalo?" Mistério. Sem processos mapeados, você não tem controle, tem sorte.


Problema 5: Implementação de sistemas 

Comprou um ERP mas a implementação virou pesadelo porque nem você sabia explicar como as coisas funcionavam.


Os 7 passos para mapear processos com sucesso


PASSO 1: Defina o objetivo e o escopo

Antes de sair mapeando tudo, defina claramente o que quer alcançar.

Perguntas essenciais:

  • Por que estamos fazendo isso? (Implementar ERP? Reduzir custos? Escalar?)

  • Quais processos mapear primeiro? (Não tente fazer tudo de uma vez)

  • Qual o nível de detalhamento necessário?

  • Quem vai usar essa documentação?

  • Qual o prazo e recursos disponíveis?


Exemplo prático - Metalúrgica de 80 funcionários:

  • Objetivo: Preparar a empresa para implementação de ERP

  • Escopo: Processos críticos (vendas, produção, estoque, financeiro)

  • Prazo: 2 meses

  • Equipe: Gerente de cada área + 1 consultor

  • Nível: Detalhamento operacional


Armadilha comum: ❌ "Vamos mapear todos os processos da empresa!" ✅ "Vamos começar pelos 5 processos mais críticos"


Priorização sugerida (ordem):

  1. Processos críticos: Aqueles que, se pararem, a empresa para

  2. Processos problemáticos: Onde há mais reclamações/erros

  3. Processos de interface: Que conectam diferentes áreas

  4. Processos de suporte: RH, administrativo, etc.


PASSO 2: Monte a equipe certa 

O mapeamento não pode ser feito só pela gerência ou só pela operação. Precisa das duas visões.

Estrutura ideal

Comitê Estratégico:

  • Direção/proprietários (define prioridades e valida mudanças)

  • 1 líder de projeto (coordena tudo)

  • 1 pessoa com visão técnica/sistemas


Equipes de Mapeamento (1 por processo):

  • 1 gerente da área (conhece objetivos e resultados esperados)

  • 2-3 operadores (fazem o trabalho no dia a dia)

  • 1 facilitador/analista (documenta e questiona)


Papéis e responsabilidades

Líder de projeto:

  • Coordena cronograma

  • Resolve conflitos

  • Garante padrão de documentação

  • Reporta para direção


Gerente de área:

  • Define prioridades do setor

  • Valida mapeamento

  • Garante tempo da equipe

  • Aprova mudanças propostas


Operadores:

  • Explicam como fazem na prática

  • Apontam problemas e dificuldades

  • Sugerem melhorias

  • Validam documentação


Facilitador:

  • Conduz entrevistas

  • Documenta processos

  • Identifica gargalos

  • Propõe melhorias

Dica de ouro: Inclua sempre pessoas que "colocam a mão na massa". Processos documentados só por gerentes ficam bonitos no papel, mas distantes da realidade.


PASSO 3: Escolha a metodologia e ferramentas

Não existe "melhor metodologia", existe a mais adequada para seu momento.


Nível de maturidade da empresa:

Iniciante:

  • Comece simples: fluxogramas básicos

  • Use ferramentas gratuitas (Draw.io, Lucidchart free)

  • Foco no entendimento, não na perfeição técnica


Intermediário:

  • BPMN simplificado (notação padrão internacional)

  • Ferramentas pagas básicas (Bizagi Modeler, Lucidchart)

  • Adicione responsáveis e tempos


Avançado (processos já documentados):

  • BPMN completo com pools e lanes

  • Ferramentas profissionais (Aris, Signavio)

  • Simulação e otimização de processos


Símbolos básicos que você precisa conhecer:

Início/Fim: Oval - indica começo ou final do processo 

Atividade: Retângulo - uma ação ou tarefa 

Decisão: Losango - ponto onde há escolha (sim/não) 

Documento: Retângulo com onda - documentos gerados ou usados 

Fluxo: Seta - indica sequência 

Conector: Círculo - conecta partes diferentes do fluxo 

Sistema: Retângulo duplo - sistemas usados na atividade


Ferramentas recomendadas:

Gratuitas/Simples:

  • Google Drawings (gratuito, colaborativo)

  • Miro (visual, bom para workshops)

Pagas/Profissionais:

  • Lucidchart (R$ 100-300/mês, intuitivo)

  • Bizagi Modeler (versão free robusta)

  • Microsoft Visio (se já usa Office)

Para empresas maiores:

  • Aris (completo)

  • Signavio (cloud, colaborativo)

  • Celonis (focado em process mining)

Nossa recomendação para médias empresas: Comece com Draw.io ou Lucidchart. São suficientes para 95% dos casos e não requerem treinamento extenso.


PASSO 4: Mapeie o processo "AS IS" (como é hoje) 

Aqui é onde o trabalho real começa. Você vai documentar exatamente como as coisas acontecem hoje, não como deveriam acontecer.


Técnica de levantamento:

1. Entrevistas individuais

Roteiro sugerido:

  • "Descreva como você faz [tarefa] do início ao fim"

  • "Quais sistemas/ferramentas você usa?"

  • "Quanto tempo leva cada etapa?"

  • "Onde você busca informações necessárias?"

  • "O que pode dar errado nesse processo?"

  • "Onde você costuma ter dúvidas?"

  • "Como você sabe que terminou corretamente?"

Dicas importantes:

  • Deixe a pessoa falar livremente primeiro

  • Não julgue nem critique ("sempre fizeram errado")

  • Anote tudo, mesmo coisas que parecem óbvias

  • Grave (com autorização) para revisar depois

  • Peça exemplos concretos, não descrições genéricas


2. Observação direta (meio dia a um dia)

Acompanhe o operador executando o processo na prática. Você vai descobrir coisas que ele nem menciona nas entrevistas porque faz "no automático".

O que observar:

  • Sequência real das ações

  • Interrupções e distrações

  • Sistemas/ferramentas realmente usados

  • Tempo real de cada etapa

  • Comunicação com outras pessoas

  • Documentos físicos ou digitais

  • "Jeitinhos" e gambiarras


3. Análise de documentos

Colete todos os documentos relacionados:

  • Formulários usados (papel ou digital)

  • E-mails padrão

  • Planilhas de controle

  • Relatórios gerados

  • Instruções de trabalho existentes

  • Políticas e procedimentos formais


Montando o fluxograma AS IS:

Comece por: "Cliente envia pedido" ou "Fornecedor entrega material"

Documente passo a passo:

  1. O que dispara o processo (gatilho)

  2. Primeira ação tomada

  3. Quem é responsável

  4. Que sistema/ferramenta usa

  5. Quanto tempo leva (médio)

  6. Próxima ação

  7. Pontos de decisão

  8. Exceções e desvios

  9. Como termina


Informações essenciais em cada atividade:

  • Nome claro: "Aprovar pedido financeiramente" (não "aprovar")

  • Responsável: Cargo, não nome (Analista Financeiro, não "João")

  • Tempo: Médio e variação (15min, pode chegar a 2h)

  • Sistema: Onde executa (Excel, e-mail, sistema legado)

  • Volume: Quantas vezes por dia/semana

  • Entradas: O que precisa para executar

  • Saídas: O que gera ao finalizar


Exemplo prático - Processo de Vendas:

[Cliente envia pedido] 

    

[Vendedor registra em planilha] (5min, Excel, 15x/dia)

    

[Consulta estoque físico] (15min, vai ao estoque, cada pedido)

    

<Tem produto disponível?>

    NÃO  [Consulta prazo com produção] (30min, telefone/WhatsApp)

          

          [Negocia prazo com cliente] (20min, e-mail/telefone)

    SIM  [Calcula preço] (10min, planilha de precificação)

    

[Envia proposta] (5min, e-mail manual)

    

<Cliente aprova?>

    NÃO  [Arquiva como perdida]

    SIM  [Cria pedido no sistema] (15min, sistema antigo)

          

          [Envia para financeiro aprovar] (e-mail com anexos)


Identifique problemas no processo AS IS:

Enquanto mapeia, anote problemas encontrados:


Gargalos: Onde o processo trava ou demora

  • Ex: "Consulta estoque físico" - pessoa precisa ir fisicamente


Retrabalho: Mesma informação digitada várias vezes

  • Ex: Dados do cliente digitados no Excel, depois no sistema


Falta de padrão: Cada um faz diferente

  • Ex: Alguns vendedores consultam preço no sistema, outros na planilha


Dependência de pessoa: Só fulano sabe fazer

  • Ex: Cálculo de frete só o "Carlinhos" sabe


Comunicação ineficiente: Telefone, WhatsApp, e-mail perdido

  • Ex: Aprovações via WhatsApp que se perdem


Esperas desnecessárias: Aguardando alguém que está ocupado

  • Ex: Espera gerente aprovar (pode levar dias)


Falta de informação: Dados não estão acessíveis

  • Ex: Precisa ligar para cliente buscar informação que já foi dada antes


PASSO 5: Analise e identifique oportunidades - Semana 5

Com o AS IS mapeado, hora de analisar criticamente e encontrar melhorias.

Análise quantitativa:

Calcule métricas importantes:

  • Lead time total: Tempo do início ao fim do processo

  • Tempo de processamento: Tempo efetivamente trabalhando

  • Tempo de espera: Tempo parado aguardando

  • Taxa de erro: % de processos que geram retrabalho

  • Custo por transação: Quanto custa executar uma vez


Exemplo real - Processo de compras:

  • Lead time total: 12 dias

  • Tempo de processamento: 3 horas

  • Tempo de espera: 11 dias 21 horas


Análise qualitativa:

Faça perguntas críticas sobre cada atividade:

Necessidade:

  • Esta atividade é realmente necessária?

  • O que aconteceria se eliminássemos?

  • Agrega valor para o cliente final?


Exemplo: 

 "Transcrever pedido do e-mail para planilha" - não agrega valor 

 "Verificar crédito do cliente" - protege a empresa


Sequência:

  • Esta é a melhor ordem?

  • Poderíamos fazer em paralelo?

  • Faz sentido esperar tanto para fazer isso?

Exemplo: 

Aprovar crédito só depois de separar mercadoria 

Aprovar crédito logo no início


Responsável:

  • A pessoa certa está fazendo?

  • Nível de senioridade adequado?

  • Poderia ser delegado?

Exemplo: 

Gerente imprimindo boletos 

Assistente administrativo faz isso


Método:

  • Esta é a melhor forma de fazer?

  • Poderia ser automatizado?

  • Há tecnologia melhor disponível?

Exemplo: 

Calcular frete manualmente 

Sistema integrado com transportadora

Local:

  • Precisa ser aqui?

  • Poderíamos centralizar/descentralizar?


Oportunidades típicas encontradas:

Eliminação (melhor melhoria):

  • Aprovações desnecessárias

  • Relatórios que ninguém usa

  • Conferências duplicadas

  • Retrabalhos


Simplificação:

  • Menos passos para mesmo resultado

  • Formulários mais simples

  • Menos sistemas envolvidos


Automação:

  • Cálculos automáticos

  • Envio automático de e-mails

  • Aprovações por workflow

  • Integrações entre sistemas


Padronização:

  • Um jeito certo de fazer

  • Templates e modelos

  • Regras claras de decisão

  • Políticas documentadas


Paralelização:

  • Atividades simultâneas

  • Menos dependências sequenciais

  • Times trabalhando em paralelo


PASSO 6: Desenhe o processo "TO BE" (como deveria ser) 

Agora você vai redesenhar o processo incorporando as melhorias identificadas.

Princípios para o processo TO BE:


1. Simplicidade:

  • Menos passos = menos erros

  • Caminho direto do início ao fim

  • Elimine tudo que não agrega valor


2. Clareza:

  • Responsabilidades bem definidas

  • Regras de decisão objetivas

  • Critérios claros de qualidade


3. Eficiência:

  • Minimize esperas e transferências

  • Automatize o automatizável

  • Use tecnologia adequada


4. Controle:

  • Pontos de verificação estratégicos

  • Indicadores de performance

  • Rastreabilidade completa


5. Flexibilidade:

  • Acomoda exceções razoáveis

  • Permite adaptações necessárias

  • Escalável para crescimento


Exemplo TO BE - Mesmo processo de vendas:

[Cliente solicita orçamento] (via site/e-mail/telefone)

    

[Sistema registra automaticamente] (1min, dados pré-preenchidos)

    

[Sistema consulta estoque em tempo real] (automático)

    

[Sistema verifica crédito automaticamente] (automático, score)

    

<Aprovado?>

    NÃO  [Vendedor negocia condições] (10min, sistema sugere alternativas)

    SIM  [Sistema calcula preço e prazo] (automático, tabela vigente)

    

[Vendedor revisa e envia proposta] (2min, template automatizado)

    

<Cliente aprova?>

    NÃO  [Sistema registra motivo perda]

    SIM  [Pedido criado automaticamente] (cliente assina digitalmente)

          

          [Notificação automática para separação]


Ganhos mensuráveis:

  • Lead time: 90min → 15min (83% redução)

  • Intervenções manuais: 8 → 2 (75% redução)

  • Taxa de erro: 15% → 2% (87% redução)

  • Custo por pedido: R$ 47 → R$ 12 (74% redução)


Validação do TO BE:

Antes de finalizar, valide com stakeholders:

Com operadores:

  • "Esse processo redesenhado faz sentido?"

  • "Conseguiriam executar assim?"

  • "Há algo que esquecemos?"


Com gerentes:

  • "Atende aos objetivos estratégicos?"

  • "Os controles são suficientes?"

  • "É viável implementar?"


Com TI/Sistemas:

  • "A tecnologia necessária existe?"

  • "Conseguimos implementar no prazo?"

  • "Quais integrações são necessárias?"


Com clientes (quando aplicável):

  • "A experiência melhora?"

  • "O que você acha da nova forma?"


PASSO 7: Documente e comunique

Documentação que ninguém acessa não serve para nada. Crie algo que as pessoas realmente vão usar.


Tipos de documentação:

1. Fluxogramas visuais:

  • Visão geral do processo

  • Responsáveis por etapa

  • Sistemas utilizados

  • Para: Gerentes e novos funcionários


2. Procedimentos operacionais:

  • Passo a passo detalhado

  • Prints de tela quando necessário

  • O que fazer em cada situação

  • Para: Operadores do dia a dia


3. Indicadores e metas:

  • KPIs do processo

  • Como medir

  • Metas estabelecidas

  • Para: Gestores e qualidade


4. Políticas e regras:

  • Critérios de decisão

  • Alçadas de aprovação

  • Exceções permitidas

  • Para: Todos os envolvidos


Estrutura sugerida de documento:

PROCESSO: [Nome do Processo]

VERSÃO: 1.0

DATA: [DD/MM/AAAA]

RESPONSÁVEL: [Cargo]


1. OBJETIVO

   Qual a finalidade deste processo


2. ESCOPO

   Onde começa e onde termina


3. RESPONSÁVEIS

   - Dono do processo: [Cargo]

   - Executores: [Cargos]

   - Aprovadores: [Cargos]


4. ENTRADAS

   - Documento X

   - Informação Y

   - Aprovação Z


5. SAÍDAS

   - Documento A

   - Registro B

   - Notificação C


6. FLUXOGRAMA

   [Imagem do fluxo]


7. DESCRIÇÃO DETALHADA

   Passo a passo de cada atividade


8. SISTEMAS UTILIZADOS

   - Sistema A: para fazer X

   - Sistema B: para fazer Y


9. INDICADORES

   - Lead time: meta X dias

   - Taxa de erro: meta X%

   - Custo: meta R$ X


10. EXCEÇÕES E TRATAMENTOS

    O que fazer quando...


11. DOCUMENTOS RELACIONADOS

    - Política comercial

    - Manual do sistema

    - Formulários


12. HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES

    Versão | Data | O que mudou | Quem aprovou


Como comunicar efetivamente:

Evento de lançamento:

  • Apresentação geral das mudanças

  • Explicação do porquê

  • Benefícios para cada área

  • Cronograma de implementação


Treinamentos específicos:

  • Por área ou processo

  • Hands-on, não só apresentação

  • Pratica no sistema real

  • Tira dúvidas em grupo


Material de apoio:

  • Vídeos curtos (2-3min cada etapa)

  • Infográficos visuais

  • Checklist de referência rápida

  • FAQ com dúvidas comuns


Canais de comunicação:

  • Intranet ou pasta compartilhada

  • Cartazes nos setores

  • E-mails de lembrete

  • Reuniões de equipe


Resistência à mudança:

Prepare-se, vai acontecer. Como lidar:


Não faça:

  • Impor mudanças de cima para baixo

  • Ignorar preocupações

  • Criticar forma antiga

  • Mudar tudo de uma vez


Faça:

  • Envolva as pessoas desde o início

  • Explique o porquê claramente

  • Mostre benefícios concretos

  • Implemente gradualmente

  • Celebre pequenas vitórias

  • Ouça e ajuste quando necessário


Erros comuns e como evitar


Erro 1: Mapear processos que não existem (o "sonho")


Sintoma: Fluxograma bonito que não reflete a realidade

Como evitar:

  • Sempre comece pelo AS IS real

  • Valide com quem executa

  • Observe na prática, não só pergunte


Erro 2: Excesso de detalhamento


Sintoma: Documento de 50 páginas que ninguém lê

Como evitar:

  • Nível de detalhe adequado ao objetivo

  • Fluxograma macro + procedimentos específicos separados

  • Use diferentes níveis de documentação


Erro 3: Mapear sozinho (gerente isolado)


Sintoma: Processo mapeado não representa a realidade

Como evitar:

  • Sempre envolva operadores

  • Valide em cada etapa

  • Use visão de quem faz


Erro 4: Não considerar exceções


Sintoma: Processo que funciona só no "caminho feliz"

Como evitar:

  • Documente as exceções mais comuns

  • Tenha tratamento para desvios

  • Teste cenários problemáticos


Erro 5: Mapear e arquivar


Sintoma: Trabalho todo jogado fora

Como evitar:

  • Mapeie com objetivo claro

  • Use a documentação na prática

  • Revise e atualize periodicamente


Erro 6: Ignorar sistemas e ferramentas


Sintoma: Processo lindo que não se implementa

Como evitar:

  • Considere ferramentas disponíveis

  • Valide viabilidade técnica

  • Envolva TI desde o início


Implementando as mudanças

Processo mapeado precisa sair do papel:


Fase 1: Piloto

  • Escolha uma área ou equipe pequena

  • Implemente o processo TO BE

  • Monitore de perto

  • Ajuste conforme necessário

  • Documente aprendizados


Fase 2: Expansão gradual

  • Expanda para outras áreas progressivamente

  • Treine equipes em ondas

  • Mantenha suporte próximo

  • Colete feedback constante


Fase 3: Consolidação

  • Monitore indicadores definidos

  • Faça ajustes finos

  • Reconheça boas práticas

  • Padronize definitivamente


Mantendo processos vivos e atualizados

Processo documentado que não evolui fica obsoleto rapidamente.


Governança de processos:

Dono do processo:

  • Responsável pelo resultado

  • Aprova mudanças

  • Monitora indicadores

  • Garante aderência


Revisões periódicas:

  • Trimestral: indicadores e ajustes finos

  • Semestral: revisão completa do processo

  • Anual: avaliação estratégica


Gestão de mudanças:

  • Qualquer mudança precisa aprovação do dono

  • Documentação atualizada imediatamente

  • Comunicação das alterações

  • Treinamento quando necessário


Cultura de melhoria contínua:

  • Canal aberto para sugestões

  • Reconhecimento de melhorias

  • Experimentação controlada

  • Aprendizado com erros


O papel do ERP no mapeamento de processos

Muitas empresas mapeiam processos para implementar ERP. Entenda a relação:


ANTES do ERP: Mapeamento ajuda a:

  • Definir requisitos do sistema

  • Identificar funcionalidades necessárias

  • Planejar parametrizações

  • Estimar escopo de customizações

  • Treinar equipe nos processos corretos


DURANTE a implementação:

  • Ajustar processos às melhores práticas do ERP

  • Identificar onde customizar vs. adaptar

  • Validar configurações

  • Testar com processos reais


DEPOIS do ERP:

  • Documentar processos com o sistema novo

  • Manter atualizado conforme evoluções

  • Base para treinamentos

  • Referência para melhorias futuras


Ferramentas da Compels para mapeamento


O ERP Easy da Compels foi desenvolvido pensando em facilitar a implementação baseada em processos:

Processos pré-mapeados

Flexibilidade de adaptação

Rastreabilidade completa

Indicadores embutidos


Conclusão

Mapear processos não é perda de tempo, é investimento estratégico. Empresas que conhecem e controlam seus processos:

✅ Crescem com segurança; 

✅ Tomam decisões baseadas em dados; 

✅ Implementam sistemas com sucesso; 

✅ Reduzem custos significativamente;

✅ Escalam sem perder controle; 

✅ Mantêm conhecimento na empresa.


O mapeamento pode parecer trabalhoso no início, mas o retorno compensa amplamente. Comece pequeno, com processos críticos, e expanda gradualmente. O importante é começar.

E quando chegar a hora de implementar um ERP para automatizar esses processos documentados, você estará muito à frente da maioria das empresas – e sua implementação será muito mais rápida, barata e bem-sucedida.


 
 
 

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